Diretor de Operações fala sobre nossas iniciativas históricas de desenvolvimento socioambiental
Há duas semanas, contamos um pouco da nossa jornada de sustentabilidade, mostrando uma linha do tempo com algumas de nossas realizações nas últimas décadas. E agora trazemos uma entrevista especial com nosso Diretor de Operações, Marcel Yoshimi Imaizumi, que ajudou a construir o nosso caminho sustentável. Para ele, “a nossa sustentabilidade é uma história que precisa ser contada, é uma narrativa que começou há mais de 50 anos, mas não tem data para terminar, pois ela evolui com a gente”.
Quando começa a nossa jornada sustentável?
Ela vem de muito tempo. Nossas fábricas foram construídas no Nordeste, onde a escassez hídrica é um fato para se conviver. Diferentemente de empresas de outras regiões, a Vicunha no Estado do Ceará compra cada litro de água que consome! Nós não temos rios ou água de subsolo à disposição para captação de água. Assim, nós soubemos dar valor a este recurso desde o início, direcionando muitos esforços no uso da água com eficiência e sem desperdício.
Ao mesmo tempo, tivemos que investir na capacitação de pessoas para crescermos. No final dos anos 1980, criamos programas de educação básica para adultos, um Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), pois tínhamos uma grande parcela da nossa gente que não sabia ler e escrever. Essa ação foi sucedida por outras iniciativas importantes na área de desenvolvimento humano, como o Curso Técnico Têxtil, a Indústria do Conhecimento e o Pescar. Na Vicunha, temos pessoas que trabalham aqui há décadas. Isso porque a Vicunha proporcionou que elas pudessem crescer junto à empresa.
“Sustentabilidade tem tudo a ver com ser eficiente, evitando desperdícios e sendo mais produtivo”.
E como avançamos em termos de processos sustentáveis?
Tivemos um ganho muito grande quando adotamos a filosofia de produtividade japonesa, o programa de Total Quality Control (TQC), nos anos 1990. Naquela época, os acionistas da Vicunha adquiriram a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), que estava introduzindo a cultura de Controle da Qualidade Total. Graças a essa aquisição, fomos expostos a esse programa e imediatamente aderimos ao movimento de busca da qualidade. Evoluímos e, na década de 1990, já estávamos conquistando as certificações ISO 9001, que atesta nossos padrões de qualidade, e atualmente já temos a ISO 14001, que certifica nossa gestão ambiental. Fomos pioneiros na indústria brasileira nesse sentido.
Esse processo abriu portas para o nosso negócio?
Na mesma época, nos anos 1990, a gente começou a buscar clientes na Europa, que era um mercado que já se mostrava exigente em termos de sustentabilidade. E a nossa certificação ISO ajudou muito. Logo em seguida, conseguimos a certificação de Selo Verde Oeko-Tex, e fomos a primeira brasileira a ter este selo, para que pudéssemos comercializar na Europa.
“Ainda temos muita coisa para fazer, mas ao olharmos para a nossa história de sustentabilidade, vemos o quanto já fizemos”.
Quais outras iniciativas pioneiras tivemos depois?
Começamos a reciclar resíduo interno, depois conseguimos desfibrar e passamos a reutilizar o material para produzir fios e reduzir custos. Hoje é uma exigência de mercado o uso de fibras recicladas. Outro exemplo foi o pioneirismo no uso da casca de castanha de caju como biomassa. Hoje estamos convertendo toda nossa geração de vapor do gás – que é uma fonte fóssil não renovável – por biomassas que são renováveis. Fora isso, a Vicunha acompanhou a evolução das leis ambientais e desenvolveu soluções diferenciadas para ajudar o meio ambiente como, por exemplo, a formação de uma nova empresa de saneamento, a VSA Pacajus, em conjunto com a CAGECE (Companhia de Água e Esgoto do Ceará). E continuamos criando inovações para o nosso futuro.
E qual a importância do nosso primeiro relatório de sustentabilidade, que lançaremos em breve?
Ele vai ajudar não somente a contar a nossa jornada de sustentabilidade como também vai auxiliar nossos clientes e parceiros a entenderem nossas iniciativas e como elas impactam positivamente o meio ambiente e a sociedade. Será também uma maneira de ratificar os compromissos da Vicunha em relação às ações sustentáveis. Mas é importante sabermos que precisamos ir além. Temos que entender que sustentabilidade é uma tarefa diária, precisa de inovações e hábitos conscientes a todo instante. Esta é uma história que não termina nunca, pois estaremos sempre evoluindo. Desejando e fazendo o bem, todos os dias, como indivíduos e como organização.
Curtiu a entrevista? Então acompanhe que em breve você saberá mais sobre nossa jornada sustentável!
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