Você fica surpreso(a) quando falamos que o consumo exagerado de álcool é uma doença perigosa? Apesar do vício parecer inofensivo e estar muito presente durante o fim de semana, em aniversários, casamentos e formaturas, ele afeta drasticamente a vida de muitos brasileiros.
O novo relatório publicado pelo Ministério da Saúde é feito pela *Vigitel 2023 e (com dados coletados de dezembro de 2022 a abril de 2023) aponta um aumento do consumo abusivo de álcool, quando comparado com os anos anteriores. A população com consumo exagerado, em geral, teve um aumento de 18,4% para 20,8% entre 2021 e 2023.
As consequências sofridas pelo usuário são muitas, afetando a vida social, familiar e profissional, podendo causar danos irreparáveis. O consumo de álcool é um fator causal em mais de 200 doenças e lesões. Está associado ao risco de desenvolvimento de problemas de saúde, tais como distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças não transmissíveis graves, como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito.
E não para por aí: outras lesões podem ser intencionais e não intencionais, incluindo aquelas causadas por acidentes de trânsito, violência e suicídios. As relações causais mais recentes são aquelas entre o uso nocivo de álcool e a incidência de doenças infecciosas, como a tuberculose e o HIV/aids. O consumo de álcool por mulheres grávidas pode causar síndrome fetal do álcool e complicações no parto prematuro, ou seja, são muitos transtornos.
Os benefícios de diminuir ou parar de beber álcool
No curto prazo, você pode experimentar uma melhora imediata nos níveis de energia, hidratação e até mesmo na aparência da sua pele. Sem contar que você também pode notar algumas mudanças na balança, já que o álcool é rico em calorias e a redução no consumo ajuda a diminuir a ingestão calórica.
No longo prazo, os benefícios são ainda mais impressionantes. Um dos órgãos que mais se beneficia é o fígado, que sofre com o consumo excessivo de álcool. Ao parar ou reduzir o consumo, você estará permitindo que ele se recupere e funcione de maneira mais saudável.
Como reduzir ou parar de beber álcool?
Diante dessas informações, é compreensível que você possa estar considerando diminuir ou até mesmo parar de vez de beber álcool. A seguir, separamos algumas dicas para ajudar você nesse objetivo:
- Avalie e monitore seu consumo atual de álcool. Tente reduzir gradualmente a quantidade que você ingere ao longo do tempo.
- Beba mais devagar e intercale suas bebidas alcoólicas com água ou refrigerantes não alcoólicos.
- Mantenha sua hidratação ao beber álcool. Beba um copo de água entre cada bebida alcoólica para diminuir a desidratação causada pela substância.
- Ao sair com os amigos, procure alternativas para atividades que não envolvam álcool. Explore opções como passeios ao ar livre, cinema, jogos de tabuleiro ou outras atividades que possam ser igualmente divertidas.
- Esteja ciente do teor alcoólico das bebidas que consome. Opte por bebidas com menor teor alcoólico ou experimente coquetéis sem álcool.
- Mantenha um estilo de vida saudável. Faça exercícios regularmente, tenha uma alimentação balanceada e durma o suficiente. Isso ajudará a fortalecer seu corpo e reduzir o desejo de recorrer ao álcool como forma de relaxamento.
- Busque apoio. Se você está enfrentando dificuldades para reduzir ou parar de beber, não hesite em buscar ajuda profissional. Existem programas de apoio, terapeutas e grupos de suporte que podem oferecer ajuda e orientação durante essa jornada. Aqui na Vicunha, você pode procurar o atendimento do PraSer Saúde.
A decisão de reduzir ou parar de beber álcool é pessoal e única para cada indivíduo, sendo importante respeitar os seus próprios limites e necessidades. Se você sentir que o álcool está prejudicando sua saúde física, mental ou emocional, considere fazer uma mudança positiva em sua vida. Lembre-se: você está no controle do seu próprio bem-estar!
**Vigitel é a sigla para “Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico”.