Especial

Deepfake e as ameaças à segurança da informação

por Wennya Lima | 26 de maio de 2025

Você sabe o que é a tecnologia deepfake ou já ouviu falar sobre este termo? Ou melhor, sabe como essa pode ser prejudicial à segurança da informação? 


Nos últimos anos, a tecnologia de deepfake tem avançado rapidamente, trazendo consigo preocupações significativas para a segurança digital. 

O que é deepfake? É uma técnica que utiliza inteligência artificial (IA) para criar vídeos, áudios e imagens falsas, mas extremamente realistas, de pessoas fazendo ou dizendo coisas que nunca fizeram ou disseram.

Como funciona o deepfake? A tecnologia por trás dos deepfakes envolve o uso de algoritmos de aprendizado profundo (deep learning) e redes neurais. Esses algoritmos são treinados com grandes conjuntos de dados, como vídeos e áudios de alta qualidade de uma pessoa alvo, para aprender a replicar com precisão seus movimentos faciais, expressões e até mesmo sua voz. Uma vez treinado, o modelo pode gerar novos conteúdos falsos que parecem autênticos.

Você conhece os tipos de deepfake? Existem diversas variantes, cada uma com suas próprias aplicações e riscos.

  • Deepfake de texto: utiliza processamento de linguagem natural para simular textos escritos por pessoas reais, induzindo à crença de que são genuínos. 
  • Deepfake de redes sociais: cria perfis falsos para aplicar golpes como phishing,
  • Deepfake de voz: produz áudios falsos para enganar sistemas de biometria vocal ou espalhar informações falsas. 
  • Deepfake de vídeo: utiliza IA avançada para criar vídeos realistas substituindo rostos ou corpos em cenas.
  • Deepfake em tempo real: altera faces em transmissões ao vivo, como em noticiários, implicando em crimes como falsidade ideológica.

Ameaças à segurança da informação 

As implicações do deepfake na segurança digital são vastas e preocupantes. Uma das principais consequências é o aumento do risco de ataques de phishing e engenharia social.

Manipulação de informação: deepfakes podem retratar falsamente figuras públicas, influenciando percepções e opiniões.

Crimes digitais: facilitam golpes e extorsões ao simular vozes e rostos de pessoas reais.

Invasão de privacidade: colocam indivíduos em contextos falsos, muitas vezes constrangedores ou prejudiciais.

Crise de credibilidade: a disseminação dessas falsificações abala a confiança em conteúdos digitais.

O que você pode fazer para se proteger? Para não cair em golpes, fique atento às nossas dicas de segurança!

  1.  Ao suspeitar de um vídeo de deepfake, procure pelas seguintes características: movimento brusco, iluminação instável, , mudanças no tom da pele e lábios mal sincronizados com a fala 
  2.   Verificação de Fontes: sempre verificar a autenticidade das fontes e buscar múltiplas confirmações antes de acreditar ou compartilhar conteúdos digitais; 
  3.  Se manter informado e ensinar as outras pessoas como detectar um deepfake.
  4. Seguir bons protocolos básicos, como “confiar, mas sempre verificar”. Uma atitude cética em relação a mensagens de voz e vídeos não garante que nunca seremos enganados, mas pode nos ajudar a evitar muitas armadilhas

O primeiro passo para se evitar um golpe é não agir no automático. Pare, pense e sempre desconfie!

Os deepfakes representam uma ameaça crescente à segurança digital, exigindo uma abordagem proativa e colaborativa para proteger indivíduos e organizações contra seus efeitos nocivos.

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