Em comemoração do Dia Nacional do Pescar, no último dia 20 de maio, a educadora, os alunos, a articuladora do projeto e alguns voluntários da unidade de Pacajus realizaram uma visita especial.
Resistência, luta pela liberdade e o sonho de uma vida melhor. Por volta de 1890, o Negro Cazuza desembarcava na Barra do Ceará, em Fortaleza, com a vida já vendida pela escravidão. Com instinto de sobrevivência, fugiu correndo em busca de mudar a sua realidade da época. Fez um trajeto de 55 km a pé e acabou por chegar em Pacajus, lá conheceu a tribo Paiacu e casou com uma índia. Junto a sua esposa, deu origem à Comunidade Quilombola do Alto Alegre, no município vizinho, Horizonte.
Considerada uma das mais importantes partes da identidade cultural do município de Horizonte, o Centro Cultural Quilombola Negro Cazuza reúne a história da comunidade e promove cursos e oficinas profissionalizantes em arte e cultura, além de uma maior conscientização racial.
Movidos pela curiosidade cultural e étnica, os alunos do Projeto Pescar da Vicunha Pacajus acompanhados da educadora social, Gabrielle Félix, da articuladora Patrícia da Silva e dos voluntários Layna Andrade e Leonardo Martins, tinham o desejo de conhecer uma comunidade no entorno da unidade, e foram até o local. Vivenciaram uma experiência única, conversaram com os responsáveis, resgataram memórias e se sensibilizaram com a história dos residentes.
Veja o que eles falaram:
A comunidade quilombola teve seu reconhecimento formal em maio de 2005, quando foi considerada remanescente dos Quilombos pela Fundação Palmares, uma marca significativa.
Saber mais sobre a origem do nosso povo e entender as dificuldades da escravidão contribui para a formação dos jovens, onde o papel da educação na desconstrução do racismo traz uma reflexão necessária para eles, e para nós.
Que dia rico! Que bom que ficará registrado na nossa revista eletrônica