Vem descobrir como o clássico jeans azul brilhou nos cinemas como elemento de verossimilhança no filme de Robert Zemeckis, “Back to the Future”

“Será que meu pai e eu seríamos amigos se tivéssemos estudado juntos na mesma classe?”

Quando os cineastas Robert Zemeckis e Bob Gale se juntaram para responder a essa pergunta, nascia ali o argumento para um dos maiores sucessos de bilheteria dos anos 1980, o filme “Back to the Future” (no Brasil, “De volta para o futuro”), uma divertida tentativa de resposta à intrigante questão.

E vale a pena relembrar a trama: com a ajuda de uma máquina do tempo, o adolescente Marty McFly (interpretado por Michael J. Fox) volta até o efervescente ano de 1955, quando conhece os seus futuros pais no colégio. Mas, involuntariamente, Marty desperta interesse romântico na futura mãe, Lorraine, que deveria se apaixonar por George McFly, pai dele. Agora, a missão de Marty é consertar esse “engano” para que seus pais se apaixonem enquanto ele busca uma solução para voltar ao ano de 1985.

E não será nada fácil…

Há 40 anos, em julho de 1985, estreava este que foi o filme de maior sucesso daquele ano, com arrecadação recorde de bilheteria. Aclamado pela crítica, “De Volta para o Futuro” recebeu indicações ao Oscar e ao Golden Globe, entre outras.

Mas o que o jeans tem a ver com essa história?

Tudo.

Se fosse possível viajar ao passado, nossas roupas certamente seriam um importante marcador temporal, porque — não resta dúvida — a moda caracteriza e dá personalidade a determinadas épocas. E isso acabaria “denunciando” o viajante do futuro.

Já imaginou chegar à época da adolescência dos seus avós usando uma camiseta estampada com o rosto de Che Guevara ou uma minissaia xadrez plissada com meião branco? E o que dizer das famigeradas “ombreiras”, típicas dos figurinos nos anos 1980? Sem falar nos espartilhos da era vitoriana…

É fato: algumas peças de roupa ficam realmente associadas a uma cultura ou época específicas. Mas no filme, a verossimilhança só é possível graças ao figurino pensado inteligentemente pela produção: o conjunto de calça e jaqueta jeans de Marty não causou estranhamento nos jovens da década de 1950 porque foi justamente naquela época que o cinema americano popularizou personagens “inquietos e insatisfeitos” que usavam calça jeans, interpretados por estrelas como Marilyn Monroe em “O Rio das Almas Perdidas” (1954) e, sobretudo, James Dean em “Juventude Transviada” (1955), além de outros que seriam lançados nos anos seguintes, como “Jailhouse Rock” (1957) com Elvis Presley.

São os jeans azuis usados por Marty McFly que garantem a verossimilhança em “De Volta para o Futuro”. Ele se passa por um adolescente americano “comum” para a década de 1950, atento aos filmes hollywoodianos e aos costumes “transgressores” (já que àquela época o “normal” era usar traje social). James Dean arrancava suspiros das adolescentes americanas com seu jeans azul e sua jaqueta vermelha nas telas dos cinemas. A jovem Lorraine, futura mãe de Marty, certamente se encantou por essa “rebeldia” do filho à moda de “Juventude Transviada”.

Uma sacada genial dos roteiristas, não acha?

Jeans para todos os gostos

Hoje, o nosso jeans se tornou uma peça atemporal, democrática, presente em todas as classes sociais, sendo usado da obra ao baile com a maior desenvoltura e elegância. Resistente, o denim se tornou item obrigatório nas passarelas mundo afora e indispensável na nossa vida cotidiana.

A Vicunha se orgulha de ser uma das maiores produtoras mundiais de denim, líder do segmento na América Latina. E assim como os roteiristas do filme, acredita na força do jeans como peça fundamental para promover encontros e encantamentos.

Se no passado o jeans era uniforme para homens, hoje atravessa as décadas como um elemento gerador de status e pertencimento para todos os gêneros, gostos e bolsos. Por isso, o nosso olhar observa o presente com atenção e se volta com otimismo para um futuro cada vez mais sustentável.

Acreditamos na força da cultura jeanswear. E na busca por um azul sempre mais brilhante. 🙂

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