Mesa redonda
Com Raquel Emily (mediadora), Sávio Costa, Mayron Franco e Luiz Veloso
Nossa segunda mesa redonda contou com a presença dos líderes Sávio C, Mayron F. e Luiz V. como convidados, além de Raquel E. como mediadora. O tema foi “Vicunha em Movimento: como o engajamento potencializa a prevenção”, ressaltando a importância da atuação da liderança no engajamento dos times.
De início, Raquel trouxe um dado alarmante: em 2024, apenas 21% dos trabalhadores no mundo estavam engajados com suas funções, segundo o relatório State of the Global Workplace 2025 da Gallup, uma empresa global de análise e consultoria conhecida principalmente por suas pesquisas de opinião pública, estudos de engajamento e desenvolvimento organizacional.
“Esse dado nos traz muitas reflexões. Quais são os impactos dessa queda no nível global de engajamento?”, questiona Raquel. “Quais fatores contribuíram para a redução do engajamento, especialmente entre líderes? O que nós, enquanto empresa e líderes, temos de oportunidades diante deste cenário para trabalhar e trazer um impacto positivo para o nosso negócio?”
Além disso, Raquel apresentou um ponto importante sobre a saúde mental. De acordo com a mesma pesquisa, funcionários engajados tem 50% mais chances de estar bem em sua vida pessoal. “Com isso, passamos a olhar o ser humano de forma diferente, trazendo melhores abordagens para o ambiente de trabalho e gerando cuidado integral”, explicou.
Esse dado nos faz refletir sobre os impactos que o desengajamento pode trazer para o nosso negócio. São eles:
- Perda de produtividade estimada em US$ 8,9 trilhões por ano;
- Aumento do absenteísmo e presenteísmo: funcionários desengajados tendem a faltar mais ou estar presentes sem produzir;
- Rotatividade elevada: o Brasil lidera mundialmente com 56% de turnover, sendo que 37% das demissões voluntárias são motivadas por falta de engajamento e cultura organizacional.
Por sermos uma indústria, aqui na Vicunha a falta de engajamento pode afetar também a segurança, pois funcionários desengajados tendem a ficar mais distraídos e com a concentração comprometida.
Luiz, Gerente Geral de Desenvolvimento de Produtos, enfatizou a importância de termos a segurança como valor. “Quando o líder tem a segurança como valor ele vai fazer com que as pessoas não se machuquem. Gerando essa prática de segurança, ele gera o engajamento e fortalece a cultura de segurança da empresa.”
O papel das lideranças no envolvimento das suas equipes também foi abordado por Sávio, gerente industrial da unidade de Maracanaú, que falou sobre a importância de liderar com comprometimento:
“Líderes transformam. O líder atual não cobra só resultados, precisa ter uma escuta ativa, ouvir e ajudar o funcionário, proporcionar um ambiente seguro e apoiar na implementação das melhorias que ele precisa. Essas atitudes trazem confiança, prevenção, respeito e engajamento. Além disso, em relação à disseminação das boas práticas, precisamos ser exemplos.”
Mayron, gerente industrial da unidade de Pacajus, complementou abordando a cultura de prevenção. “Alguns comportamentos são fundamentais para fortalecer tanto a segurança quanto o engajamento das equipes. Um aspecto que considero essencial é o mapeamento completo das dinâmicas da área. Por exemplo, em um galpão de Tecelagem ou Fiação com cerca de 7 mil metros quadrados, é indispensável conhecer em detalhes os desvios ambientais, comportamentais e os principais ofensores. Só assim, é possível desenvolver ações de melhoria realmente eficazes.”
Mayron complementa que os líderes funcionam como espelhos para suas equipes — os comportamentos adotados por eles tendem a ser replicados no dia a dia. Por isso, o engajamento da liderança precisa ser genuíno e prático, influenciando positivamente o ambiente e a cultura de prevenção.