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Vicunha 55: líderes industriais contam como nossas unidades fabris evoluíram

por Vicunha | 3 de março de 2023

Em fevereiro, iniciamos uma série de entrevistas sobre a nossa evolução no mundo. Começamos aprendendo mais sobre as nossas operações sul-americanas, com entrevistas com Pablo Jedwabny, diretor Geral da Vicunha Argentina, e Eduardo Veintimilla, diretor Industrial da Vicunha Equador.

E agora queremos contar um pouquinho da nossa jornada no Brasil! Para isso, conversamos com líderes das nossas unidades fabris em Maracanaú e Natal, que falaram como eles enxergam a nossa evolução no país. Entre eles:  Paulo Ricardo, gerente geral Industrial; Grasiela Teixeira, gerente de Relações Institucionais; Sávio Costa, gerente Industrial em Maracanaú; e Denio Antonio de Oliveira, gerente Industrial em Natal.

Confira entrevista abaixo com líderes fabris e destaques da conversa em vídeo.

 

Comunicação Vicunha: Como começou a história das nossas atividades fabris?

Grasiela Teixeira: No começo das nossas operações industriais no Nordeste, a empresa veio para Fortaleza para montar uma sociedade com um grupo cearense, e fundou a Finobrasa, que foi uma das maiores fiações de fios tintos da América Latina. Quando o grupo surge em 1967, éramos essa Finobrasa. O Ricardo Steinbruch contou essa história recentemente, ele chegou aqui no Ceará com 9 anos, nessa época. Essa fiação era comandada 50% por esse grupo local e outros 50% pelos sócios das famílias Rabinovich, Mendel e Steinbruch.

Paulo, Grasiela, Sávio e Denio contam um pouco sobre a evolução da empresa nas unidades fabris do Brasil

E como evoluímos no estado do Ceará?

Grasiela Teixeira: Nos anos 1980, começaram a implantar a Vicunha Nordeste. Foram criadas duas fábricas no Ceará: a fiação Campo Belo Nordeste; e a tecelagem Vicunha Nordeste. Quando eu entrei em 1988, o grupo Finobrasa já havia incorporado a fiação Campo Belo.

Em 1994, foi construída a unidade de Pacajus. Na época, eu estava grávida da minha filha. E em 1995 a fábrica já estava entrando em produção. Foi tempo recorde de rodar essa fábrica apenas em um ano.

E como foi o desenvolvimento das nossas operações em Natal?

Grasiela Teixeira: Eu vim especificamente para o projeto de Natal, em 1988. Em Natal, foram criadas duas empresas: Vila Prudente Nordeste, que era a fiação; e Textíllia Nordeste, que era para tecelagem, acabamento e beneficiamento. A operação foi posta para rodar em 1992 e já começou muito redonda. E, logo depois, as duas foram fundidas na Vicunha Nordeste.

Processo de criação da Vicunha Nordeste começou em 1967, em Fortaleza, e foi fortalecido nos anos 1990, com as unidades de Natal e Pacajus.

“Há uma transparência maior na gestão. A gente deixa claro os problemas…”

Paulo Ricardo

 

O que mudou nos últimos anos na Vicunha?

Paulo Ricardo Makiyama Melo: Quando entrei aqui, há dez anos, era uma empresa muito mais conservadora. Em relação aos departamentos, não mudou muito. Mas o que acho que evoluiu foi em relação à interdependência. Hoje você tem uma sinergia maior entre as áreas e uma visão maior de processo. Hoje, os gerentes de fábrica se conversam muito mais… Há uma transparência maior na gestão. A gente deixa claro os problemas, pois eles existem, e eles precisam ser mostrados e tratados.

Hoje, ninguém tem vergonha ou medo disso e consegue trabalhar melhor com eles. Agora, não precisa marcar um momento específico para resolver questões. A tecnologia ajuda e podemos conversar via Whatsapp e Teams a qualquer momento para solucionar pontos de melhoria.

E quais mudanças vocês observam em relação à nossa liderança?

Sávio Costa: Hoje, existe uma aproximação maior dos líderes. O gestor tem uma proximidade maior do presidente e tem uma oportunidade maior, pois antes era bem mais hierarquizado. Antes, as pessoas não trabalhavam tanto a visão estratégica da empresa, mas o resultado da sua área. E hoje trabalhamos de forma compartilhada e com foco no resultado da organização como um todo.

Foi interessante quando a gente mais recentemente teve o processo de evolução cultural, pois o operador agora vem e fala: ‘agora a gente vê uma evolução e vê as coisas acontecerem’.

“Quem produz é o operador. A gente está aqui para ajudar ele a produzir”

Paulo Ricardo

 

Quais avanços industriais vocês presenciaram?

Paulo Ricardo: Desde que estou aqui, um marco que presenciei foi a troca de 272 teares, o que mudou totalmente a cara da unidade de Maracanaú. Aconteceu em 2018 e 2019 e foi uma modernização grande.

Sávio Costa: A partir de 2010, teve a modernização da Fiação nas unidades de Maracanaú, Natal e Pacajus. Esse certamente foi um grande marco.

Denio Antonio de Oliveira: Também passamos pela troca de 168 teares na modernização da nossa Tecelagem, em Natal. O processo começou em 2012 e durou até 2014. Foi um processo muito importante para o nosso ganho de produtividade e qualidade.

Além desses investimentos, quais outras melhorias em processos tivemos?

Paulo Ricardo: essas modernizações acima dizem respeito a máquinas. Mas o que viemos fazendo mais recentemente é trazer um olhar para as pessoas. Um exemplo é o TPM, que começou em 2019. Com ele, nós conseguimos aprender com os operadores e possibilitamos que eles possam ter mais autonomia para se desenvolver e desenvolver o seu trabalho.

Sávio Costa: Em 2017, a empresa fortaleceu o desenvolvimento dos gestores, com o Programa de Desenvolvimento de Gerentes (PDG). Nesse momento, os líderes tiveram que sair do seu quadrado e pensar na Vicunha. Além disso, o TPM e outras metodologias vieram para empoderar principalmente os níveis operacionais. Obviamente que isso gera possibilidade de crescimento profissional e retenção.

Qual o papel da Vicunha para formação de profissionais?

Paulo Ricardo: Na Vicunha, você tem muita liberdade de poder saber como funciona a organização. As pessoas têm a possibilidade de aprender muito, trocar conhecimento e crescer internamente. Eu acho que aqui é o que o pessoal fala: é uma escola. Muita gente vem da base operacional e aprende boas práticas de gestão e ferramentas importantes para o seu desenvolvimento.